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    Segurança na mobilização de adultos críticos : resultados de uma coorte

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    Ainda são escassas as evidências disponíveis na literatura sobre a segurança durante a mobilização do paciente crítico internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Objetivo: Avaliar a segurança, descrita pela tração e remoção acidental de dispositivos implantados, ou pela ocorrência de quedas, durante a mobilização de adultos internados em UTI. Método: Estudo de coorte prospectivo, realizado em 2018 em uma UTI adulto no Sul do Brasil. Foram incluídos, de forma consecutiva, pacientes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos; não fizeram parte do estudo, pacientes com tempo de internação inferior a 36 horas, em condição de cuidados paliativos exclusivos, politraumatizados, sob drenagem liquórica, com doença neuromuscular, com fratura não consolidada, gestantes e pacientes em regime penal vigente. Pela manhã e à tarde, diariamente, os pacientes foram acompanhados por avaliadoras treinadas, utilizando instrumentos padronizados desenvolvidos para a pesquisa, quanto a variáveis relacionadas a (1) quadro clínico, (2) cuidados, (3) presença e condições de dispositivos implantados e (4) ocorrência de desfechos (tração ou remoção de dispositivos implantados e quedas). Foi considerada mobilização (exposição) quando o paciente sentou-se na beira do leito ou na poltrona ou deambulou, assim como o seu retorno ao leito. O poder amostral do estudo é de 90%. A análise foi procedida utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences - SPSS versão 20.0® e incluiu os testes t de Student, Qui-quadrado bivariado, Exato de Fisher e Mann-Whitney. Foi realizada a comparações das incidências de desfechos entre grupos (mobilizado vs não mobilizado), por meio de Modelo Linear Generalizado, com uso de regressão de Poisson ajustada para o valor de Simplified Acute Physiology Score 3. O estudo foi aprovado quanto a seus aspectos éticos e metodológicos (CAAE: 83455618.3.0000.5530). Resultados: Foram acompanhados 551 pacientes, maioria homens, idade média de 60 anos, por 6 [3 – 12,7] dias de internação, gerando 7.839 observações. Foram observados 2.231 (28,5%) desfechos (tração ou remoção); desses, 127 foram observados no grupo mobilizado, enquanto os 2.104 ocorreram no grupo não mobilizado (15% vs 30,1%; p<0,01). Houve quatro casos de quedas, em quatro diferentes pacientes. Todos estavam sentados fora do leito. Nenhuma queda resultou em dano grave. A incidência de quedas foi de 7,2/1.000 pacientes (IC99%: 1,2 – 22,7), a incidência cumulativa de quedas foi de 5,1/10.000 observações (IC99%: 0,9 – 16), enquanto a densidade de incidência de quedas foi de 7/10.000 observações/dia (IC99%: 1,2 – 22). Conclusões: Remoção ou tração de dispositivos invasivos e quedas são pouco incidentes em UTI e ocorrem de modo independente da mobilização dos pacientes. Conclui-se que a mobilização de pacientes críticos, seguindo-se protocolo de avaliação de condições, é segura.Introduction: There is still little evidence available in the literature about the mobilization of critically ill patients hospitalized in Intensive Care Unit (ICU). Objective: To evaluate the safety, described by the traction and accidental removal of implanted devices, or by the occurrence of falls, during the mobilization of adults hospitalized in ICU. Method: Prospective cohort study, conducted in an adult ICU in Southern Brazil in 2018. Adult patients of both sexes were consecutively included. Patients with hospitalization time shorter than 36 hours, in exclusive palliative care, polytraumatized or with unconsolidated fracture, with ventricular cerebrospinal fluid drainage, with neuromuscular disease, pregnant women, and patients in the current criminal regime were not included. Daily in the morning and afternoon, patients were monitored, using standardized instruments developed for the research, related to: (1) clinical condition, (2) care, (3) presence and conditions of devices (4) occurrence of outcomes (traction or removal of implanted devices and falls). Mobilization (exposure) was considered when the patient sat on edge of bed or in chair or walked, as well as his return to bed. The power of the study is 90%. The analysis was performed using the program Statistical Package for the Social Sciences - SPSS version 20.0® and included the tests: Student's t, bivariate Chi-square, Fisher's exact and Mann-Whitney. Comparisons of the incidence of outcomes between groups (mobilized vs non-mobilized) were performed using the Generalized Linear Model and Poisson regression gross and adjusted for Simplified Acute Physiology Score 3. The study was approved for its ethical and methodological aspects (CAAE: 83455618.3.0000.5530). Results: A total of 551 patients were followed, mostly men, mean age of 60 years, for 6 [3 - 12.7] days of hospitalization, generating 7,839 observations. There were 2,231 (28.5%) outcomes (traction or removal); of these, 127 were observed in the mobilized group, while 2.104 occurred in the non-mobilized group (15% vs 30.1%, p <0.01). There were four cases of falls in four different patients. All of them were sat out of bed. Any fall resulted in serious damage. The incidence of falls was 7.2/1,000 patients (IC99%: 1,2 – 22,7), the cumulative incidence of falls was 5.1/10,000 observations (IC99%: 0.9 – 16), while the incidence density of falls was 7/10,000 observations/day (IC99%: 1.2 – 22). Conclusions: Removal or traction of implanted devices and falls are uncommon in ICU and occur independently of patient mobilization. It is concluded that mobilization of critical patients, using a condition assessment protocol, is safe

    Mudanças no estilo de vida após primeira consulta em ambulatório de obesidade infantojuvenil

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    Objective: To identify the main recommendations for the agreed changes in lifestyle and the adherence of overweight children in the time interval between the first and second outpatient visits. Method: Retrospective cohort. We analyzed the data from the visits of children and adolescents to the outpatient obesity clinic from January 1st 2008 to November 30th 2011. The children were free of genetic disease and did not use controlled medications. The data were collected directly from the standardized forms used in the visits, conducted by a multidisciplinary team. In the first visit, goals related to lifestyle, diet, and physical activity were proposed. When the patients reported at the second visit that they had achieved fully or partly an agreed goal, it was considered as “adherence.” The analysis was performed with PASW Statistics for Windows, Version 18.0 (SPSS Inc, Chicago, IL, USA). The project was approved by the Research and Ethics Committee. Results: A total of 305 subjects, with a mean age of 10 ± 3.8 years were analyzed, 51.1% of whom were female; of the total number of subjects, 261 (85,6%) attended the first and second visits. A total of 401 challenges were negotiated regarding changes in eating habits (adherence of 86.8%), 264 regarding physical activity (adherence of 70.2%), and 218 regarding changes in the lifestyle (adherence of 72.4%). Conclusions: Changes in eating habits were the most recommended and had greater adherence

    Incidência de quedas em uma coorte de adultos críticos: motivo de preocupação?

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    Objetivo: Descrever a incidência e relatar os casos de quedas em uma coorte de adultos críticos.Método: Estudo de coorte prospectivo, realizado em 2018 em Unidade de Terapia Intensiva(UTI) adulto no sul do Brasil. Pacientes foram acompanhados da admissão até a alta; asobservações foram realizadas mais de uma vez ao dia. Foram avaliadas variáveis clínicas e decuidados. Foi realizada análise descritiva, seguida do relato dos casos.Resultados: Foram acompanhados 551 pacientes, por 6 [3 – 12,7] dias de internação, gerando7.839 observações. Houve quatro casos de quedas, com taxa de incidência de 5,1/10.000observações/dia - intervalo de confiança de 99% [0,9 a 16] e densidade de incidência de 7/10.000observações/dia - intervalo de confiança de 99% [1,2 a 22]. Não foi observado dano grave.Conclusão: Quedas são pouco incidentes em UTI, o que pode ser explicado pelo emprego depráticas assistenciais seguras.Palavras-chave: Acidentes por quedas. Cuidados críticos. Unidades de terapia intensiva.Segurança do paciente. Acidentes

    Incidencia de caídas en una coorte de adultos críticos : ¿motivo de preocupación?

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    Objetivo: Descrever a incidência e relatar os casos de quedas em uma coorte de adultos críticos. Método: Estudo de coorte prospectivo, realizado em 2018 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto no sul do Brasil. Pacientes foram acompanhados da admissão até a alta; as observações foram realizadas mais de uma vez ao dia. Foram avaliadas variáveis clínicas e de cuidados. Foi realizada análise descritiva, seguida do relato dos casos. Resultados: Foram acompanhados 551 pacientes, por 6 [3 - 12,7] dias de internação, gerando 7.839 observações. Houve quatro casos de quedas, com taxa de incidência de 5,1/10.000 observações/dia - intervalo de confiança de 99% [0,9 a 16] e densidade de incidência de 7/10.000 observações/dia - intervalo de confiança de 99% [1,2 a 22]. Não foi observado dano grave. Conclusão: Quedas são pouco incidentes em UTI, o que pode ser explicado pelo emprego de práticas assistenciais seguras.Objective: To describe the incidence and to report the cases of falls in a cohort of critical adults. Method: A prospective cohort study, conducted in 2018 at an adult Intensive Care Unit (ICU) in the south of Brazil. The patients were followed up from admission to discharge; observations were made in the morning and afternoon. The clinical and care variables were evaluated. The descriptive analysis was performed followed by the reporting of the cases. Results: 551 patients were monitored during 6 [3-12.7] days of hospitalization, generating 7,839 observations. There were four cases of falls, with an incidence rate of 5.1/10.000 observations/day - confidence interval of 99% [0.9 to 16] and density of incidence of 7/10.000 observations/day - confidence interval of 99% [1.2 to 22]. No serious harms were observed. Conclusion: Falls occur less in the ICU, which can be explained by the use of safe care practices.Objetivo: Describir la incidencia y relatar los casos de caídas en una cohorte de adultos críticos. Método: Estudio de cohorte prospectivo, realizado en 2018 en una Unidad de Cuidados Intensivos (UCI) para adultos en el sur de Brasil. A los pacientes se les realizó un seguimiento desde la admisión hasta el alta; las observaciones se realizaron por la mañana y por la tarde. Se evaluaron variables clínicas y de cuidados. Se llevó a cabo un análisis descriptivo, seguido del informe de los casos. Resultados: Se realizó un seguimiento a 551 pacientes, durante 6 [3 - 12,7] días de internación, con lo cual se generaron 7.839 observaciones. Se observaron cuatro casos de caídas, con una tasa de incidencia de 5,1/10.000 observaciones por día - intervalo de confianza del 99% [0,9 a 16] y densidad de incidencia de 7/10.000 observaciones por día - intervalo de confianza del 99% [1,2 a 22]. No se observó ningún daño grave. Conclusión: No se registra gran incidencia de caídas en la UCI, lo que puede explicarse por el empleo de prácticas asistenciales seguras

    Changes in lifestyle after first visit at an outpatient obesity clinic for children and adolescents

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    Objetivo Identificar as principais recomendações de mudanças no estilo de vida pactuadas e a adesão das crianças entre a primeira e segunda consulta ambulatorial. Método Coorte retrospectiva. Foram analisados os dados dos atendimentos ambulatoriais realizados entre 1 de janeiro de 2008 e 30 de novembro de 2011 de crianças e adolescentes obesos, livres de doença genética ou de uso de medicamentos controlados. Na primeira consulta, foram propostas metas relacionadas aos hábitos de vida, aos hábitos alimentares e à atividade física. Foi considerada “adesão” quando o paciente relatou na segunda consulta que atingiu parcial/totalmente a pactuação. A análise foi realizada com o PASW Statistics for Windows, Version 18.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados Um total de 305 pacientes com idade média de 10 3,8 anos foram analisados, dentre os quais 51,1% eram meninas; do total, 261 (85,6%) compareceram à primeira e à segunda consulta. Forampactuados 401 desafios de mudança de hábitos alimentares (adesão de 86,8%), 264 de atividade física (adesão de 70,2%) e 218 hábitos de vida (adesão de 72,4%). Conclusões Mudanças de hábitos alimentares foram mais recomendadas e tiveram maior adesão.Objective To identify the main recommendations for the agreed changes in lifestyle and the adherence of overweight children in the time interval between the first and second outpatient visits. Method Retrospective cohort. We analyzed the data from the visits of children and adolescents to the outpatient obesity clinic from January 1st 2008 to November 30th 2011. The children were free of genetic disease and did not use controlledmedications.The data were collected directly from the standardized forms used in the visits, conducted by a multidisciplinary team. In the first visit, goals related to lifestyle, diet, and physical activity were proposed. When the patients reported at the second visit that they had achieved fully or partly an agreed goal, it was considered as “adherence.” The analysis was performed with PASW Statistics for Windows, Version 18.0 (SPSS Inc, Chicago, IL, USA). The project was approved by the Research and Ethics Committee. Results A total of 305 subjects, with a mean age of 10 3.8 years were analyzed, 51.1% of whomwere female; of the total number of subjects, 261 (85,6%) attended the first and second visits. A total of 401 challenges were negotiated regarding changes in eating habits (adherence of 86.8%), 264 regarding physical activity (adherence of 70.2%), and 218 regarding changes in the lifestyle (adherence of 72.4%). Conclusions Changes in eating habits were the most recommended and had greater adherence

    Tecnologias digitais no ensino de graduação em enfermagem: as possibilidades metodológicas por docentes

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    Estudo qualitativo com o objetivo de descrever as possibilidades metodológicas na utilização de tecnologias digitais no ensino de graduação em enfermagem nas modalidades presencial e a distância. Estudo de caso realizado com sete docentes de graduação em enfermagem de uma Universidade pública inscritas em curso na modalidade a distância. Os dados obtidos em ambiente virtual de aprendizagem (fórum, bate-papo) foram submetidos à análise temática. Os temas analisados foram tecnologias educacionais digitais no ensino de enfermagem e mudanças no ensino de enfermagem para uso das tecnologias da informação e da comunicação. As docentes identificaram a relevância da utilização das tecnologias educacionais digitais, mesmo sem usá-las com seus alunos. Destacou-se a importância da educação permanente dos docentes de cursos de enfermagem. Considera-se que há a necessidade das Instituições implantarem ações na promoção da discussão e da implantação de novos recursos metodológicos no ensino. Descritores: Educação em Enfermagem; Tecnologia Educacional; Aprendizagem; Docentes; Educação Superior
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